quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Polêmica na mudança do projeto original da Nova Fonte Nova para a Copa 2014

Inicialmente o projeto anunciado no dia 30 de setembro passado era para demolir somente o anel superior do estádio, mas o Governo do Estado da Bahia decidiu não aproveitar nada da estrutura anterior do Octávio Mangabeira.



A decisão causou polêmica entre os arquitetos do Estado, pois a decisão foi tomada um dia após Salvador ser anunciada como uma das sub-sedes da Copa do Mundo de 2014.
Para se concretizar esta decisão é preciso vencer dois empecilhos, que podem atrasar o início das obras. Um deles seria o decreto-lei nº 25/37 de tombamento do Dique do Tororó, homologado em 1959, o qual proíbe obras no entorno do Dique sem a autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Além disso, o pedido de tombamento do próprio estádio está em trâmite. De acordo com Carlos Amorin, superintendente regional do Iphan, o projeto ainda não foi concluído. “Não dá pra ter uma posição antes de concluir os estudos, já cobrei a divisão técnica para me encaminhar o pedido, mas precisamos avaliá-lo”, diz.
Frederico Mendonça, diretor do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), disse que o pedido foi protocolado em abril. “Reconhecemos as qualidades do complexo, mas a questão implica escolhas sociais”. A sociedade define se manteremos o projeto ou se ele deve ser modificado para atender as exigências da Fifa”, ressaltou Mendonça.
A diretora da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (Ufba) se diz perplexa com a situação. “Em princípio nada foi respeitado do projeto anunciado. Solicitaremos ao Iphan que respondam ao pedido de tombamento”.
Nilton Vasconcelos, Secretário estadual do Esporte, não confirma se o Octávio Mangabeira será implodido ou demolido, mas disse que outras mudanças serão feitas, como a construção de um terceiro anel, mais próximo ao campo, pois a Fifa determinou que fosse retirada a pista de atletismo do local.

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